Greve de bancários da Caixa continua em capitais de 7 estados

Greve dos bancários da Caixa Econômica Federal continua em capitais de sete Estados do país nesta sexta-feira (7): Amapá, Bahia, Maranhão, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e São Paulo.  Nos demais 20 estados –além do Distrito Federal–, a categoria aceitou nesta quinta-feira (6) a proposta da Fenaban (Federação Nacional do Bancos) de reajuste de 8% em 2016 e abono de R$ 3.500.  As agências voltam a funcionar nesta sexta-feira (7).

A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15% no vale alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

O acordo proposto pelos bancos tem validade de dois anos. Para 2017, os salários serão reajustados pela inflação (INPC/IBGE), mais 1% de aumento real.

Veja abaixo onde continua a greve da Caixa Econômica:

AMAPÁ
A Caixa mantém a paralisação no estado. De acordo com o presidente do Sindicato dos Bancários, Edson Gomes, uma nova assembleia deve ser realizada na sexta-feira para decidir sobre o movimento.

BAHIA
Os servidores da Caixa decidiram a manter a greve para tentar melhorar a proposta dos bancos, segundo o sindicato da categoria local.

MARANHÃO
A greve dos bancários, no Maranhão terminou na maioria das agências de bancos públicos e privados, com exceção das agências da Caixa Econômica Federal, que seguem sem funcionar normalmente por tempo indeterminado.

PERNAMBUCO
O Sindicato dos Bancários de Pernambuco votou pelo fim da greve em assembleia na noite desta quinta-feira (6). Funcionários da rede privadas e dos bancos públicos do Nordeste (BNB) e do Brasil, decidiram pelo fim da paralisação. Os funcionários da Caixa Econômica Federal (CEF) decidiram continuar em greve, com placar de 100 votos a favor e 94 contra.

RIO DE JANEIRO
Bancários privados aceitam proposta da Fenaban e suspendem paralisação nesta quinta-feira (6). A Caixa Econômica Federal rejeitou as propostas e manteve a greve. O Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro confirmou a decisão.

RIO GRANDE DO NORTE
Funcionários da Caixa rejeitaram proposta dos bancos e decidiram manter a greve no Estado.

SÃO PAULO
Capital, Osasco e Região

Os bancários da Caixa rejeitaram a proposta dos bancos e decidiram manter a greve. Já os bancários de bancos privados e Banco do Brasil das cidades de São Paulo, Osasco e região decidiram encerrar a greve, informou o sindicato que representa a categoria localmente.

Mogi das Cruzes e Suzano
Agências privadas e do Banco do Brasil devem abrir normalmente nesta sexta-feira (7). Em Biritiba Mirim, Salesópolis, Suzano e Poá, apenas as agências da Caixa não devem funcionar, já que os bancários não aceitaram a proposta. Em Itaquaquecetuba, Arujá, Ferraz de Vasconcelos, Guararema e Santa Isabel, todas as agências voltam a funcionar.

reve nacional mais longa
A greve completou 31 dias nesta quinta-feira (6) e supera a de 2004, primeiro ano em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria e que tinha sido a mais longa até então com duração de 30 dias, segundo a Confederação Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). A greve de 2015 durou 21 dias.

Negociações
Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial – no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.

Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado.

Impacto nos serviços
A greve afetou os serviços bancários em todo o país, pois algumas situações não podiam ser resolvidas em canais de autoatendimento e outros meios alternativos.

Na quarta-feira (5) 13.123 agências e 43 centros administrativos ficaram fechados segundo a Contraf, o correspondente a 55% dos locais de trabalho em todo o país. O dia em que foi registrado o maior número de agências fechadas foi 27 de setembro, quando 13.449 fecharam as portas.